A área de Tecnologia da Informação vive uma nova realidade, causada pela pandemia da COVID-19. O isolamento dos profissionais em home office com trabalho remoto, exigiu uma grande transformação digital em todas as empresas, bancos, instituições, grandes corporações, etc.
Todos estão digitalizando seus negócios e trazendo-os para a internet. Devido a isso, explodiu a demanda para a área de TI, que está sendo renovada enormemente.
Antes da pandemia havia grandes demandas apenas nas principais capitais do Sudeste. Hoje já não existem mais fronteiras e as empresas estão contratando profissionais de TI da Região Nordeste para trabalho remoto.
Os servidores públicos estão sendo assediados por bancos e grandes instituições com salários bastante atrativos, chegando a dobrar, em carteira, o seu salário atual. Somam-se a isso os vários benefícios ofertados.
Essa procura por profissionais do serviço público não ocorria anteriormente, graças aos – na época – bons salários recebidos, o que já não acontece atualmente.
Esta nova situação está fazendo com que haja uma grande evasão de pessoas especializadas nesse ramo para empresas e instituições bancárias de fora do RN.
Alguns órgãos públicos já estão perdendo servidores de TI para essas propostas.
Nos últimos 60 dias, o MPRN foi exemplo disso, perdendo dois assistentes da GSI e um do GAECO. Isso sem levar em consideração os que já haviam saído anteriormente.
Da noite para o dia, os assistentes da GSI saíram para receberem salários superiores a 15 mil reais e esse não foi um caso isolado, já que temos relatos de servidores que participaram de reunião com o CNMP e constataram que Ministérios Públicos de alguns estados já perderam vários servidores em situações semelhantes.
Enquanto o servidor comissionado se vê propenso a deixar o serviço público, o efetivo se sente mais inseguro em aceitar propostas, graças a estabilidade, mas nos casos dos servidores em início de carreira e que estão com salários defasados, isso se torna uma grande “tentação”.
A PEC 32 da Reforma Administrativa, se aprovada, com a retirada das garantias e estabilidade dos servidores, será o estopim para o esvaziamento dos quadros do funcionalismo público, com as generosas propostas da iniciativa privada.
A valorização dos trabalhadores se faz necessária para que o quadro de servidores permaneça completo ou com o mínimo possível de perdas, a ponto de não comprometer o bom andamento do MPRN.
Hoje temos a Nova Intranet, o MPRN em dados (Portal de Ciência de dados), o CONFÚCIO (GAECO e GSI) entre outros sistemas/programas, que no passado traziam ônus na casa dos milhões de reais e que hoje são desenvolvidos e aplicados pelos servidores da casa.
O quadro de servidores de TI no MPRN é 90% composto por efetivos. O SINDSEMP, ao perceber a grande rotatividade do quadro, mostra-se preocupado com a atual situação vivenciada pelos servidores.
Por ocasião da reunião com a PGJ, na próxima quinta-feira (09/09), O SINDSEMP continuará cobrando a recomposição salarial dos servidores, mas reforçando que deveríamos estar nesse momento tratando de uma política de remuneração de valorização e ganhos reais.
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